Sempre depois das três eu paro um pouco o serviço e tomo um café. Tem dias que vai frio mesmo - nossa garrafa térmica, de fabricação duvidosa, não sustenta quente o café por muito tempo; se fosse numa cafeteira automática, dessas de empresa grande, a dose nunca sairia fria. Mas trabalho agora numa repartição pública do município - e cafeteira automática por aqui é um luxo proibido, uma injúria em relação ao resto. Trabalhei em empresa grande, também. Aí quem ofende é a garrafa térmica - e como tudo naquele lugar tinha que parecer moderno, a cafeteira automática de certa forma é uma necessidade. O ruim era para as pessoas, que na maioria do tempo tinham também que parecer modernas, pelo menos por fora, e por isso se vestiam mais ou menos de forma igual, como se fossem modernas cafeteiras automáticas em vez de garrafas térmicas com café de ontem.
Um comentário:
Ai...como é ruim ter que se adequar. As vzs temos que ser cafeteira automática e as vzs garrafas térmicas. Assim é a vida.
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