Digo por experiência própria que certas coisas nesse mundo não têm conserto. Em casos assim, é mais digno destruí-las de vez e por algo novo no lugar. Temo, aliás, estar vivendo nesse instante num lugar que cedo ou tarde encontrará o mesmo final. Assisto, desconsolado, aos intermináveis engarrafamentos e a fúria das enchentes derrubando casas com a mesma crueldade de povos bárbaros. Abaixo ou acima da linha do Equador, toda metrópole se equilibra numa corda bamba. Qualquer tentativa de progresso, por mais humilde e frugal que seja, parece revoltar a natureza. As ondas do mar cobrem nossos castelos de areia. Ainda me pergunto se foi bom negócio ter saído das cavernas.
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