Chega de Saudade!
Durante um certo tempo, Magoo, ilustre amigo meu, foi um desses brasileiros que partem da terra natal em busca da sorte grande numa paisagem desconhecida. Fez as malas após meses sem conseguir nada por aqui e foi ser hóspede na casa de um parente distante que lhe oferecera temporariamente um cômodo nos fundos até que conseguisse trabalho e um novo lugar pra morar.
Nem um mês depois encontrei-o por acaso numa das ruas do bairro. Eram quase seis da tarde de uma quinta-feira. Tinha arrumado um emprego aqui e estava de volta. A empresa fica do outro lado da cidade e o salário é pouco para maiores luxos, mas Magoo não escondia a felicidade de retornar às origens. "Pelo menos tô na vila de novo...", ponderava.
Nem um mês depois encontrei-o por acaso numa das ruas do bairro. Eram quase seis da tarde de uma quinta-feira. Tinha arrumado um emprego aqui e estava de volta. A empresa fica do outro lado da cidade e o salário é pouco para maiores luxos, mas Magoo não escondia a felicidade de retornar às origens. "Pelo menos tô na vila de novo...", ponderava.
Camões chorou os versos de Lusíadas quando da nau viu longe Portugal. Mas é verdade também que a dor da distância é menor se a travessia no fim é sempre o caminho do lar. Me resta apenas saber agora se Magoo sofrerá nos congestionamentos o que Camões sofreu na imensidão dos mares.